A síndrome de Prune Belly, também conhecida como síndrome do Abdome em Ameixa Seca, é uma patologia congênita rara que afeta aproximadamente 1 em cada 35.000 nascimentos.
Introdução:
Caracterizada por três alterações clássicas – distúrbio na formção da musculatura abdominal, testículos bilateralmente posicionados dentro do abdome e não na bolsa testicular e anomalias do aparelho urinário – a síndrome de Prune Belly pode apresentar também outras alterações, como cardíacas e gastrointestinais.
Diagnóstico da Síndrome de Prune Belly e suas implicações:
O diagnóstico precoce da síndrome de Prune Belly é de extrema importância, pois permite a intervenção médica adequada, auxiliando na prevenção de danos renais e testiculares a longo prazo. A presença do refluxo vésico-ureteral, é comum em casos de Prune Belly, aonde a urina volta da bexiga para os ureteres e/ou rins, o que pode levar a um prejuízo ainda maior aos rins se esse problema for acompanhado de infecção urinária. Frequentemente a bexiga dessas crianças não funcionade forma adequada, gerando um grande resíduo de urina, já que essas crianças não conseguem eliminar a urina adequadamente, já que a bexiga não tem força suficiente para isso.
Além disso, os testículos intra-abdominais podem sofrer prejuízos em seu desenvolvimento, uma vez que não estão localizados na bolsa testicular. A realização de um diagnóstico precoce proporciona a oportunidade de intervenção cirúrgica apropriada, visando a correção do abdome e a promoção do desenvolvimento adequado dos testículos, evitando assim futuras complicações funcionais e estéticas.
Dr. Diego Oliveira trata essa doença?
Sim, Dr Diego trata a Síndrome de Prune Belly, com abordagem das alterações testiculares, vesicais, ureterais e das alterações na parede abdominal.
Dr. Diego se especializou exclusivamente no atendimento de problemas urológicos associados a lesões associadas a traumas, cirurgias prévias ou de causas indeterminadas (Urologia Reconstrutora) e nas doenças urológicas diagnosticadas na infância (Urologia Pediátrica ou Infantil) e se encontra apto a tratamentos nestas áreas. Formado em Medicina pela UFMG, possui duas residências (Cirurgia Geral e Urologia), além de especialização em Urologia Pediátrica.
Atua em Urologia Reconstrutora desde 2015, sendo que sua vasta experiência permitiu que ele fosse aceito na principal sociedade de Urologia Reconstrutora do mundo, a GURS (Society of Genitourinary Reconstructive Surgeons). Atualmente cursa Doutorado em Cirurgia na UFMG.
Tratamento e abordagem cirúrgica:
A condução da síndrome de Prune Belly exige uma abordagem multidisciplinar, envolvendo especialistas em urologia pediátrica, cirurgia pediátrica, nefrologia e cardiologia. Podemos necessitar de uma ou várias cirurgias para corrigir todos os eventuais problemas. A correção do abdome requer técnicas cirúrgicas adequadas, visando à restauração da funcionalidade da musculatura abdominal e à melhoria da aparência estética.
Estudos científicos têm destacado a importância de uma abordagem cirúrgica chamada de individualizada, adaptada às necessidades específicas de cada paciente. O objetivo principal é alcançar resultados satisfatórios em termos de função abdominal, bem como o desenvolvimento adequado dos testículos e a prevenção de complicações renais.
Conclusão:
A síndrome de Prune Belly é uma condição congênita rara que apresenta desafios médicos e cirúrgicos significativos. O diagnóstico precoce desempenha um papel crucial na prevenção de danos renais e testiculares, permitindo uma intervenção adequada. O tratamento requer uma abordagem multidisciplinar e uma estratégia cirúrgica personalizada, visando à correção do abdome e ao desenvolvimento saudável dos rins e dos testículos.
Os avanços na compreensão e no tratamento da síndrome de Prune Belly têm proporcionado melhorias significativas na qualidade de vida dos pacientes afetados. No entanto, é essencial que mais pesquisas sejam realizadas para aprofundar nossa compreensão dessa condição rara e continuar aprimorando as opções de tratamento disponíveis
Outras informações
http://residenciapediatrica.com.br/detalhes/309/sindrome-de-prune-belly